sábado, 28 de março de 2015

Jean - Michel Basquiat - Samo is Dead

Seguindo a linha dos ilustradores, desenhistas e grafiteiros, hoje falo sobre:

JEAN-MICHEL BASQUIAT

Nasceu em 22 de dezembro de 1960, Brooklyn/ New York.
Foi um artista tipicamente americano,mas pelo pouco tempo que viveu , fez seu nome no mundo todo.

Ele começou com o grafite e depois o neo-expressionismo (movimento cultural de vanguarda, surgido no inicio do séc. XX). As pinturas desse artista ainda são referência para vários artistas, e atingem os leilões de arte com preços exorbitantes ,ultrapassando os limites do justo e do razoável.
Sua grande incentivadora foi sua mãe Matilde, de anscendência porto-riquenha e seu pai que era haitiano. Desde cedo ele começou a pintar, desenhar , e participar de atividades relacionadas a arte.

Em 1977, Basquiat com seu amigo Al Diaz, começaram a grafitar prédios antigos em Manhattan. E foi um sucesso! A carreira decolou!

A assinatura era sempre a mesma SAMO, ou SAMO SHIT, traduzindo:

" A Mesma Merda de Sempre". O projeto Samo acabou como epitáfio:

" SAMO IS DEAD" ," Samo esta morto", escrito nas paredes de SOHO de New York.

Basquiat não veio a passeio nessa vida, fez tudo o que queria, vendeu camiseta e postais de seu trabalho pelas ruas de New York.Montou uma banda chamada"GRAY", com o musico Vicente Gallo. Virou celebridade num programa de TV, o qual, aparecia regularmente dentro das cenas de arte de East Village, namorou com uma tal de Madonna, trabalhou no filme Dowtonw 81 conhecido por New York Beat Movie. Era estiloso, bonito e talentoso.

Auto-retrato de Basquiat

Quer mais?????

Na década de 80 era freqüentemente visto na companhia dos melhores curadores, colecionadores, como: David Salle e Julian Sachanabel.

Ele tinha tudo!!!! Era o cara do momento.

Quando saiu na capa da New York Times, com matéria dedicada exclusivamente à ele, sua popularidade chegou como um cometa na Europa.

Exposição no Museu do CORSO

Mas infelizmente, dia 12 de agosto de 1988, ele faleceu . Basquiat era viciado em drogas. Morreu de overdose ,em uma combinação de heroína e cocaína conhecido como speedball. 

Obras

Testa


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La  Jaconde









Após sua morte , foi lançado um filme que leva seu nome "Basquiat" , e é bem interpretado pelo ator Jeffrey Whight, e dirigido por Julian Schanabel.

Se formos traçar uma linha da personalidade da maioria dos artistas "gênios", é triste a trajetória de vida e arte, quase sempre o mesmo, drogas, álcool ou remédios que vão dopando ,pouco à pouco , numa viagem sem volta. Pagam um preço alto por sua genialidade.

Recomendo que vocês assistam os filmes acima citados e claro assistam!!Basquiat!!!!


au revoir 
et a bientot

Tatiana Justel

2 comentários:

  1. As histórias... as histórias...

    Devia ter, sei lá, menos de dezoito. Sabe-se lá quanto tempo foi. Uma excursão de escola, sempre que possível, apinhávamos na Bienal de São Paulo.

    Naquele ano, a turma de Nova York tinha baixada em peso. Estava sozinho, subi a rampa até o terceiro pavimento do prédio da Bienal. Logo que se saía da rampa, ao lá chegar, as obras dele estavam ali (parte delas retratadas nesse 'post').

    Era menino, como acabei de mencionar. Levei um 'tapa'! Era impossível não levá-lo!

    Primeiro porque essas peças (que parecem pequenas nas fotos de internet e nessa postagem) são monumentais!!! Sim, grandes, bem grandes (tudo bem, exagero em dizer que são gigantescas...). Mas são muito próximas da sétima e oitava fases dos recortes de (Henri) Matisse: algo que gira em torno de 7X3m, 7X4m.

    E todo aquele 'suco de cérebro', toda a perturbação mental, interna, que Basquiat carregava em sua vida privada. Nada próxima de uma conformidade que pudéssemos chamar de 'limpa', ou delineada. Sim, a beleza de Basquiat vem da perturbação do traço. Somente a cor parece, num primeiro momento, retorcida... Não o traço! O traço é orgânico, 'pulsivo', diferente do amigo Warhol, que não pestanejava em buscar na cultura pop dos quadrinhos, da origem mais gráfica das imagens, encontrada nas embalagens industriais, de uma iconografia que o povoava sobremaneira, mas que fornece ao espectador uma vertente de um traço mais previsível por um lado, contudo, mais seguro em sua limpeza para a contemplação.

    Warhol tinha uma outra proposta mais estudada e controlada do que Basquiat. A 'bossa' de Warhol, muitas vezes, estava no acabamento. As obras daquela Bienal que visitei quando garoto tinham, como acabamento, por exemplo, urina. A explosão de (Andy) Warhol não era explícita, declarada, aparente. Pelo contrário: pedia que o espectador conhecesse mais 'do processo', como o acabamento. O 'tapa na cara' de Warhol é mais sutil, subjacente, perto do invisível, quase intangível: é na urina, junto com vernizes e outras substâncias de acabamento em obras plásticas, que a crítica de Andy Warhol, sua fúria, sua raiva, seu deboche e sua indignação contra um mundo que desde a época dele até hoje os dias de hoje só vem deteriorando.

    O amigo Basquiat não se interessava nessas sutilezas. Sua beleza vinha de seus sobressaltos, tanto pessoais quanto psíquicos. Não era dado a requintes subliminares como o amigo Warhol. A força de sua obra já era o bastante E aí residia o brilho da generosidade de Andy Warhol: ele viu em Basquiat a pujança que passava completamente despercebida pelo 'jet-set' artístico de Nova York (no fundo, uma penca de gente vazia que não enxergava nada a sua frente, e qualquer semelhança com o lugar onde se mora talvez não seja mera coincidência).

    Mais tocante na história de Basquiat foi a generosidade de Warhol, que, de uma forma ou de outra, sempre procurou fazer companhia ao amigo, mesmo quando os sinais de um fim próximo e prematuro se avizinharam. Algo tremendamente relevante num século XXI repleto de uma solidão renitente e lancinante.

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  2. Em tempo:

    Os desdobramentos de uma Nova York de Basquiat, Warhol, Vicente Gallo, Lou Reed e seu inesquecível Velvet Underground:

    https://youtu.be/VycLUNYPjVo

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