Hoje escrevi um poema, pra não deixar o blog órfão de mãe. Não sou poeta, mas gosto das rimas, e o poemeto que vou apresentar a vocês aqui, saiu, fluiu ...
veio em golfadas,
sem correções,
sem pensar em nada ...
olha aí eu já rimando ... rsrsrs
... não tem jeito
é o meu jeito !
Toda bailarina
Precisa de um palhaço que a faça sorrir ...
Que a tire da disciplina
Que não a deixe cair
Um, dois, três e quatro
Ela dá um giro
Ela faz uma graça
Ela dá um passo ...
Ele nem disfarça
Ela o conquista
Ele se enamora
Ela dança
Ele canta
Ela encanta
Ele toca
Ela brilha
Ele faz mágica
na rua da vida que
oferece a ela ousadamente
distraída se deixa ir
em grand-jetes, em passos largos
vai, por um pouco de ventura e alegria
na correnteza dessa vida sem magia
mambembe tiveram dois filhos
um queria ser médico, o outro advogado
o palhaço e a bailarina se perguntavam:
__ o que pode ter dado errado?
O tempo passava ao redor do picadeiro
Viajaram o mundo inteiro
Já cansados, se entreolhavam apaixonados
chegou a hora de parar
Venderam o circo
compraram uma choupana
à beira de um rio
__ Obrigada Universo, obrigada Mundo
Eu sou uma mulher feliz
Encontrei meu soldadinho de chumbo
Ele retribuía
__ Obrigado, amada
Encontrei a alegria
A bailarina mais linda, em ti encontrei a vida
E os dois, como em todos os finais felizes recebiam
os filhos já doutores com seus rebentos
Uma vez por ano
o palhaço e a bailarina
montavam o elenco
os dois, eram um só
Ali mesmo montava um cenário
A bailarina e o palhaço
tomados pela beleza do seu próprio destino
Dançavam, improvisos de naturezas divinas
E pensavam:
__ Quem irá nos compreender, senão nós ?
Ele: __ Sou um banco vazio, amada, onde dormem os poetas
vagabundos. Nada pude te oferecer.
Ela: __ Todos os dias de minha vida, me fizeste sorrir, o que
posso querer?
Ele: __ Quem pode condenar a alegria do amor?
Ela: __ Ainda que seja irresponsável
Vamos viver novos sonhos
Sonhos coloridos, nunca vividos
Ele: __ Que o sonho é o mal que maior bem nos faz.
E a bailarina e o palhaço
Não se separaram nunca mais ...
Tatiana Justel
Dedico este post à minha pequena bailarina Gabriela Paixão.
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