quarta-feira, 7 de setembro de 2011

Frida Kahlo " VIVA LA VIDA"



Auto-retrato


Frida Kahlo nasceu em 6 de julho de 1907 na casa de seus pais, conhecida como La Casa Azul (A Casa Azul), em Coyocan, na época uma pequena cidade nos arredores da Cidade do México e hoje um distrito.


Frida Kahlo é uma artista única e singular.O que mais me atrai na obra de Frida - além das cores vivas de seus quadros e de sua coragem em devassar seu tumultuado mundo interno em telas grandes - é a sua capacidade de sobreviver aos mais duros desafios com força e personalidade de uma mulher que viveu muito além do seu tempo, e pagou o preço alto por isso.

Neste resumido histórico de sua vida podemos imaginar o tamanho do seu sofrimento ,totalmente ligado à essência de toda sua obra.

Frida me encanta por vários motivos. O fato de ser mulher gera em mim uma identificação automática. Mulher e, ainda por cima, artista já é por si só uma combinação irresistível. Mulher, artista, sofrida e corajosa em expor sua dor faz dela uma heroína digna de meu mais profundo respeito e admiração.
Frida utilizava cores vivas, fortes e iluminadas para retratar sua visão subjetiva da realidade. Por isso , é tão dificil estereoptipar seu estilo de pintura, enquadraria Frida no estilo Frida de pintar, moderna, arrojada, divergente de tudo que eu ja vi.


Origem das duas Fridas. Recordação. (pensamentos e poesias de Frida)

"Devia ter 6 anos quando vivi intensamente a amizade imaginária com uma menina de minha idade. (...) Não me lembro de sua imagem, nem de sua cor. Porém sei que era alegre e ria muito. Sem sons. Era ágil e dançava como se não tivesse nenhum peso. Eu a seguia em todos os seus movimentos e contava para ela, enquanto ela dançava, meus problemas secretos. Quais? Não me lembro. Porém ela sabia, por minha voz, de todas as minhas coisas...''


El autobus.


Em 1913, com seis anos, Frida contrai poliomelite, a primeira de uma série de doenças, acidentes, lesões e operações que sofreu ao longo da vida. A poliomielite deixou uma lesão no seu pé direito, pelo que ganhou o apelido de Frida pata de palo (ou seja, Frida perna de pau). Passou a usar calças, depois longas e exóticas saias, que se tornaram uma de suas marcas pessoais. Ao contrário de muitos artistas, Kahlo não começou a pintar cedo. Embora o seu pai tivesse a pintura como um passatempo, Frida não estava particularmente interessada na arte como uma carreira.
Entre 1922 e 1925 frequenta a Escola Nacional Preparatória do Distrito Federal do México e assiste a aulas de desenho e modelagem.



Em 1925, aos 18 anos, aprende a técnica da gravura com Fernando Fernandez. Então sofreu um grave acidente. Um bonde, no qual viajava, chocou-se com um trem. O para-choque de um dos veículos perfurou-lhe as costas, atravessou sua pélvis e saiu pela vagina, causando uma grave hemorragia . Frida ficou muitos meses entre a vida e a morte no hospital, teve que operar diversas partes e reconstruir por inteiro seu corpo, que estava todo perfurado. Tal acidente obrigou-a a usar coletes ortopédicos de diversos materiais, e ela chegou a pintar alguns deles (como o colete de gesso da tela intitulada A Coluna Partida'). Durante a sua longa convalescença, começou a pintar, usando a caixa de tintas de seu pai e um cavalete adaptado à cama.
Tree of Hope


''Amputaram-me a perna há 6 meses, deram-me séculos de tortura e há momentos em que quase perco a razão. Continuo a querer me matar. O Diego é que me impede de o fazer, pois a minha vaidade faz-me pensar que sentiria a minha falta. Ele disse-me isso e eu acreditei. Mas nunca sofri tanto em toda a minha vida.Vou esperar mais um pouco...''


Em 1928, entrou no Partido comunista mexicano e conheceu o muralista Diego Riviera, com quem se casa no ano seguinte. Sob a influência da obra do marido, adotou o emprego de zonas de cor amplas e simples, num estilo propositadamente reconhecido como ingênuo. Procurou na sua arte afirmar a identidade nacional mexicana, por isso adotava com muita frequência temas do folclore e da arte popular do México.
Entre 1930 e 1933 passa a maior parte do tempo em Nova Iorque e Detroit , com Rivera. Entre 1937 e 1939, recebeu Leon Trotski em sua casa de Coyoacan.
Em 1938 André Breton qualifica sua obra de surrealista em um ensaio que escreveu para a exposição de Kahlo na galeria Julien Levy de Nova Iorque. Não obstante, ela mesma declarou mais tarde: Pensavam que eu era uma surrealista, mas eu não era. Nunca pintei sonhos. Pintava a minha própria realidade.
Em 1939 expõe em Paris na galeria Renón et Colle. A partir de 1943 dá aulas na escola La Esmeralda, no D.F. (México).
Em 1953 a Galeria de Arte Contemporânea desta mesma cidade organiza uma importante exposição em sua honra.
Alguns de seus primeiros trabalhos incluem o Auto-retrato em um vestido de veludo (1926), Retrato de Miguel N. Lira (1927), Retrato de Alicia Galant (1927) e Retrato de minha irmã Cristina (1928).


''Algum tempo atrás, talvez uns dias, eu era uma moça caminhando por um mundo de cores, com formas claras e tangíveis. Tudo era misterioso e havia algo oculto; adivinhar-lhe a natureza era um jogo para mim. Se você soubesse como é terrível obter o conhecimento de repente - como um relâmpago iluminado a Terra! Agora, vivo num planeta dolorido, transparente como gelo. É como se houvesse aprendido tudo de uma vez, numa questão de segundos. Minhas amigas e colegas tornaram-se mulheres lentamente. Eu envelheci em instantes e agora tudo está embotado e plano. Sei que não há nada escondido; se houvesse, eu veria.'' Auto-retrato de sua irmã Cristina



Tree of Hope


Frida Kahlo tem a capacidade de estravazar em arte : sua dor, suas memorias, seu amor e tudo aquilo que esta à sua volta seja na pintura como na poesia.


Podemos sentir o pulsar desse coraçao latino, imenso coração, indomavel, apaixonante, dolorido e forte.


Hasta manana


Con "Viva la Vida" de Frida Kahlo


Tatiana Justel


Nenhum comentário:

Postar um comentário