Na Literatura, esse apogeu foi anterior, séculos IX e VI a.C .
Enquanto na Ilíada o poeta fala das paixões e dos combates de Tróia, na Odisséia trata das fantásticas passagens de percurso de Ulisses de retorno para casa.
O primeiro registro escrito que temos da Grécia é a Ilíada, daí sua importância cultural e histórica. A Odisséia é muito mais real e próxima do mundo que a Ilíada. Seu herói é muito mais humano. Mas isso não significa que a ele não se aplique o fantástico.
A mitologia grega começa com Homero. Nos poemas, ele tem toda liberdade de interromper a narração e tomar novo rumo.
O autor se mostra presente em suas obras, mas, claramente como um mero narrador. Porém, interrompe a narrativa para intercalar uma observação ou um pedido dos céus.
A distância mantida por Homero em suas obras pode diminuir, porém jamais deixa de existir.
Por escrever sobre um tempo passado, o autor designa para as personagens características que as marcam por toda a vida - epítetos.
Tal batalha, teve como motivo o rapto, pelos troianos, da esposa de um importante rei grego - Menelau. Páris, raptou a bela Helena e a levou para seu castelo em Tróia. Mas a verdadeira causa do conflito foi a ira de Aquiles, ofendido por Agamenon.
A ira de Aquiles (semideus e herói belicoso) divide-se em dois momentos:
A entrega de Briseida a Agamenon - que o afasta da batalha
A morte do amigo Pátroclo - que o traz de volta à guerra O final da batalha é a morte do nobre guerreiro troiano Heitor pelas mãos de Aquiles, e a tomada da cidade de Ílion e Helena.
Os deuses na Ilíada são ativos participantes e peças cruciais da obra.
A Ilíada, por retratar uma guerra violenta, tem várias passagens sangrentas, e até dizem que por isso não é uma leitura feminina. Nesta obra, entretanto, a guerra é associada a reflexões sobre a vida do homem em relação com a dos deuses.
Odisséia - Vem de Odysseus - herói grego, rei de Ítaca, que os latinos chamam de Ulixes, donde Ulisses.
Há três divisões na Odisséia (implícitas):
Telemaquia - trata de Telêmaco, filho de Ulisses e Penélope. Abrange os cantos I a IV, onde Ulisses não aparece, são feitas alusões à sua ausência, pois deixara Ítaca para ir à Guerra de Tróia que já acabara há 10 anos. Telêmaco quer ir buscá-lo, mas antes deve lutar contra os pretendentes à mão de sua mãe.
Ulisses e as Sereias
Narrativa na casa de Alcino - compreende os cantos V a XIII. Aqui conhecemos Ulisses e suas aventuras que ele enumera contando que perdeu o rumo quando voltava para casa, ficando a vagar pelo mar. Além disso foi ele retardado por fantásticos acontecimentos.
Vingança de Ulisses - volta o herói, após 20 anos, disfarçado de mendigo e mistura-se ao povo. Aos poucos, deixa-se identificar e extermina os pretendentes de Penélope, reassumindo, então, seu reino.
A segunda parte é a mais importante, pois resume o principal da ação contida na obra.
O herói Ulisses defronta-se com peripécias sobre-humanas e a tudo supera; isso se inscreve na esfera do impossível. Entretanto, os meios que usa são humanos.
RESUME
As condições sociais do período homérico geraram um herói como Ulisses. Existia interesse em glorificar o homem: a poesia seria épica, gloriosa, grandiloqüente; mas o herói seria humano, embora os deuses contribuíssem para sua integridade física. A conjuntura social que o poema reflete é exatamente essa, embora a ação se desenrole em um passado remoto, a Guerra de Tróia, no século XIII a.C.
A Ilíada e a Odisséia foram por muito tempo os mananciais da cultura ocidental. Na segunda década do século XX, a Odisséia de Homero inspirou uma outra, a do homem moderno: a obra de James Joyce, Ulisses, um dos livros mais polêmicos do nosso tempo. E assim seguimos , nessa viagem entre os tres grandes generos literarios, A Epica, A Lirica e o Dramatico.
Esquecimento
De mim te sei esquecida , e não mais
tu me amas a um outro sim - e mais
(Safo, Lesbos)
AU REVOIR
ET A BIENTOT
TATIANA JUSTEL
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